A contração do índice em março foi puxada exclusivamente pela piora do Índice de Expectativas (IE-CST), que recuou 3,8 pontos, para 93,9 pontos, no menor nível desde maio de 2021 (89,0). O indicador de expectativa de demanda cedeu 3,2 pontos, para 97,9 pontos, e o indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses caiu 4,4 pontos, para 89,8 pontos, o menor nível desde abril de 2021 (87,4 pontos).
“Depois das sucessivas ondas da covid, a guerra na Ucrânia reacendeu o temor de aceleração nos preços dos materiais, que, associada à alta dos juros, pode comprometer ainda mais a demanda para os próximos meses. Assim, a queda nas expectativas referentes à evolução da demanda e dos negócios foi decisiva para abalar a confiança setorial em março”, afirma a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, em nota.
O Índice de Situação Atual (ISA-CST), na outra ponta, avançou 2,1 pontos, para 92,0 pontos, na primeira alta de 2022. Nas aberturas, a FGV apurou aumento de 4,4 pontos no indicador de carteira de contratos, para 94,4 pontos, no maior nível desde janeiro de 2014 (96,2 pontos). O indicador que mede a situação atual dos negócios recuou 0,1 ponto, para 89,8 pontos.
“Outro destaque é o avanço da atividade corrente, que havia dado mostras de desaceleração e voltou a crescer: a percepção dominante é de que a retomada, que reflete o ciclo recente de negócios, está em patamar bem superior ao que estava no ano passado”, completa Ana Maria Castelo.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da Construção cresceu 0,8 ponto porcentual, para 76,0%, na segunda alta consecutiva. O NUCI de Mão de Obra avançou 0,8 ponto, para 77,4%, enquanto o NUCI de Máquinas e Equipamentos cresceu 1,3 ponto, para 70,5%.