A pesquisa é medida de 0 a 200 pontos e afere a percepção da população sobre sua condição financeira atual e as expectativas em relação à situação futura, o que afeta o comportamento destas pessoas na hora da compra. O INC, apesar de mostrar tendência de elevação, permanece no patamar considerado pessimista (abaixo de 100).
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, lembra que a percepção negativa das famílias em relação à sua situação financeira e de emprego ainda persiste. Ainda assim, houve melhoras.
“Observamos que aumentou a disposição do consumidor para comprar itens de maior valor, como carro e casa e bens duráveis, tais como geladeira e fogão, assim como a propensão a investir no futuro”, analisa Ruiz de Gamboa.
Os dados, elaborados pelo Instituto de Economia da ACSP, sugerem que a retomada da confiança do consumidor, junto à maior disponibilidade de crédito e aos impactos positivos do Auxílio Brasil, serão cruciais para assegurar que as vendas do varejo sigam crescendo, embora com menos intensidade.
A pesquisa ouviu pessoas de diferentes classes sociais e apontou elevação da confiança entre os entrevistados da AB e C (84 e 83 pontos respectivamente), enquanto os consumidores das classes DE permaneceram estáveis (52 pontos).