O levantamento mostra que as maiores quedas de confiança ocorreram nos setores de móveis (-4,6 pontos), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros (-4,0 pontos) e metalurgia (-3,6 pontos). Por outro lado, a confiança avançou principalmente nos setores: Outros equipamentos de transporte (+3,3 pontos), Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+2,9 pontos) e Obras de infraestrutura (+2,0 pontos).
A CNI destaca que, apesar da queda, com exceção do setor de produtos de limpeza, que registrou Icei de 49,5 pontos, todos os demais ficaram acima da linha de 50 pontos, ou seja, permanecem confiantes. O índice varia de zero a 100, sendo que dados acima de 50 pontos representam confiança e abaixo, falta de confiança.
Segundo a economista da CNI Larissa Nocko, o resultado do Icei foi heterogêneo entre os setores, refletindo que as características setoriais estão afetando de forma diferente a confiança. O índice é resultado da média entre a percepção das condições atuais e das expectativas futuras.
“Todos os componentes do Icei caíram. Quando perguntados sobre a percepção das condições atuais da economia, apenas dois setores a avaliaram positivamente: outros equipamentos de transporte e produtos de madeira. O que mantém o indicador da maior parte dos setores acima de 50 pontos, ou seja, em um cenário de confiança, são as expectativas positivas para os próximos seis meses, ainda que menos otimistas do que no mês anterior”, explica Larissa.
Em 12 meses, a confiança da indústria apresentou quedas expressivas, segundo a CNI. Entre novembro de 2020 e novembro de 2021, a confiança subiu em apenas três dos 30 setores pesquisados: Obras de Infraestrutura, produtos farmoquímicos e farmacêuticos e impressão e reprodução de gravações. Nos demais, o indicador caiu. No setor de Produtos de Borracha, o Icei passou de 68,2 pontos para 54 pontos. O Icei do setor de bebidas, que há um ano era de 62,6 pontos está em 50,2 pontos.
A pesquisa aponta outras quedas expressivas no índice nos setores de: Produtos têxteis (-11,1 pontos), produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal (-10,1 pontos), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros (-9,7 pontos), Máquinas e equipamentos (-8,8 pontos) e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6 pontos).
Para o levantamento, foram entrevistadas 2.340 empresas entre os dias 3 e 12 de novembro.