“O ICE se aproxima do nível de agosto de 2021, o maior alcançado desde o início da pandemia de covid-19. Desta vez com avaliações mais positivas sobre a situação atual e expectativas menos favoráveis em relação aos meses seguintes, principalmente no horizonte de seis meses à frente. Os setores menos otimistas são o Comércio e Indústria. Neste último setor, nota-se um pessimismo crescente com as perspectivas para a demanda externa – principalmente no segmento de Intermediários – reflexo da forte desaceleração em curso da economia mundial”, avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cresceu 0,7 ponto em setembro ante agosto, para 102,0 pontos, maior nível desde junho de 2013. O Índice de Expectativas (IE-E) avançou 1,0 ponto, para 100,1 pontos, maior patamar desde outubro de 2021.
Na passagem de agosto para setembro, a confiança dos serviços subiu 1,0 ponto, para 101,7 pontos, e a do comércio cresceu 2,4 pontos, para 101,8 pontos. A indústria teve redução de 0,8 ponto, para 99,5 pontos, enquanto a construção aumentou 3,5 pontos, para 101,7 pontos.
Em setembro, a confiança avançou em 61% dos 49 segmentos integrantes do ICE.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.975 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 27 de setembro.