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Copel: Lucro líquido cai 78,3% no 3º trimestre, para R$ 378,4 milhões

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Estadão Conteúdos

O lucro líquido das operações continuadas reportado pela Copel encolheu 78,3% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2021, para R$ 378,4 milhões. Com ajustes, o lucro líquido da empresa diminuiu 46,9%, para R$ 403,4 milhões.

O resultado é devido, principalmente ao efeito positivo e não recorrente de R$ 1,036 bilhão do reconhecimento da compensação referente à repactuação do risco hidrológico (GSF, da sigla em inglês), que beneficiaram o resultado do terceiro trimestre do ano passado. Além disso, houve o aumento de R$ 60,2 milhões na linha da depreciação e amortização, devido à adesão em 2021 à repactuação do GSF.

A receita operacional líquida do trimestre foi de R$ 5,454 bilhões, queda de 21,8% em base de comparação anual. A diminuição é decorrente da redução de R$ 962,0 milhões com suprimento de energia devido à ausência de despacho da termelétrica Araucária, e a menor venda de energia no mercado de curto prazo (MCP). Também impactaram a receita da companhia a diminuição de R$ 264,4 milhões na receita de disponibilidade da rede elétrica devido à menor remuneração dos ativos devido ao efeito negativo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pelo reperfilamento da Rede Básica do Sistema Existente (RBSE) em 2021, e da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) da distribuidora, e a queda de 2,9% do mercado cativo faturado pela Copel.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) da companhia totalizou R$ 1,134 bilhão no trimestre, redução de 11,8% em relação a igual intervalo do ano passado.

Ao final de setembro, a dívida líquida ajustada da Copel totalizava R$ 8,723 bilhões, alta de 9,6% em base de comparação anual. O prazo médio para pagamento da dívida era de 3,9 anos, enquanto a alavancagem medida pela razão entre dívida líquida ajustada e Ebitda ajustado, ficou em 1,9 vez. A empresa enxerga espaço para aumentar a alavancagem para 2,5 vezes, mas não mais do que 2,7 vezes, buscando investimentos nos segmentos de geração, transmissão e distribuição, que podem abrir novas avenidas de crescimento.

“Mostra espaço e capacidade para novos investimentos, e o nosso objetivo é avançar nessa alavancagem, com a nossa política de investimentos”, disse ao Broadcast Energia o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Adriano Rudek de Moura.

Já o diretor-presidente da Copel, Daniel Slaviero, destacou que a empresa tem buscado ativos de geração eólica e solar no mercado, como forma de avançar no plano de descarbonização até 2030. Ele também destacou que a empresa tem a participação no próximo leilão de transmissão. “Todos os lotes estão elegíveis para serem analisados”.