“Um possível vazamento acabou ocorrendo e tivemos que antecipar o fato relevante”, disse em teleconferência na noite da sexta-feira, 7.
Segundo ele, o objetivo era fazer o anúncio “com calma” no final de semana, mas o suposto vazamento mudou os planos.
O executivo disse que a conclusão da transação ocorreu na própria sexta-feira. “Acreditamos que o ponto de entrada da Vale é agora. Não achamos que devemos esperar a venda de ativos da Cosan para isso”, disse na teleconferência.
A Vale tem ativos “excepcionais” e não é precificada de acordo com seus concorrentes, que não necessariamente tem ativos da mesma qualidade, disse Martins. “A operação não compromete a saúde financeira da Cosan”, garantiu, respondendo a uma das preocupações do mercado.
Martins garantiu que se houver qualquer comprometimento, “colocando em jogo” a saúde financeira do grupo, a operação será desfeita.
“Queremos ter certeza de que não haja diluição para o acionista da Cosan”, afirmou Martins, falando que não haverá emissão de ações pelo grupo.
Fora do negócio de açúcar e etanol, a compra da Esso, em 2008, foi a primeira aposta do grupo, contou Martins. Naquele momento, muito se questionou sobre a capacidade do grupo de apostar em um novo negócio, fora de sua área principal de atuação, o que em seguida se mostrou uma estratégia acertada. “Temos a reputação de ser player disciplinado e investidor que agrega valor. Isso não muda.”