“Era um Commodore 64, bem antigo, já tinha uns 10 anos. Dava para aprender a programar e fazer videogames, então, comecei a aprender”, diz.
Serrano cresceu rodeado de livros e revistas, mas viu na tecnologia um caminho que o levaria à fundação de uma das maiores empresas de criptomoedas da América Latina.
Com mais de 2 milhões de clientes e 400 funcionários, a Ripio é a empresa que viabilizou a criação da criptomoeda própria do Mercado Livre, que será concedida para compradores como cashback (dinheiro de volta) em compras.
Hoje, o principal mercado da Ripio ainda é a Argentina, onde os investidores têm o hábito de fazer aportes em produtos financeiros internacionais para proteção contra a desvalorização do peso. “A Argentina tem necessidades que ainda tornam o cripto muito necessário, mas o Brasil é quase nosso maior mercado. Temos quase cem pessoas no time do País”, diz.
Mercado Coin
O projeto com o Mercado Livre começou a ser desenvolvido no ano passado. Chamado de Mercado Coin, o criptoativo já está disponível como forma de recompensar consumidores que compram no comércio eletrônico da companhia.
“Há alguns fatores que levam uma criptomoeda a funcionar ou não. Ela precisa gerar valor para as pessoas, ser útil ou permitir algo novo. No caso do Mercado Coin, ele vai desenvolver o programa de fidelidade da empresa”, diz Serrano.
Em 2020, ano marcado pela pandemia de covid-19 e por um ciclo de valorização do bitcoin que só terminaria ao fim de 2021, a Ripio foi apontada pelo Fórum Econômico Mundial como um dos pioneiros tecnológicos do ano, em razão da sua tecnologia de negociação de criptomoedas.
Para ganhar escala no mercado brasileiro, entre o fim de 2020 e o começo de 2021, a Ripio comprou a empresa BitcoinTrade; hoje, tem mais de 600 mil clientes no País.
Capitalizada após receber um aporte de US$ 50 milhões, a companhia tem na mira agora o Chile e o Peru.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.