“É um recorde histórico”, afirma o economista Bruno Imaizumi, responsável pelo levantamento. Além dessa marca, mais da metade dos subitens (55,2%) tiveram os preços acelerados de novembro para dezembro. Foi o terceiro maior resultado da série histórica para esse quesito, perdendo apenas para setembro de 2020 (56,4%) e novembro de 2002 (56,2%). Esses números indicam que nunca a inflação esteve tão espalhada na economia. “A qualidade da inflação é ruim, o que é preocupante.”
Ele atribui esse espalhamento recorde de alta de preços a uma combinação de vários fatores. Um deles foi a interrupção das cadeias de produção provocada pela pandemia no Brasil e no mundo. Isso pressionou custos de produção e levou à escassez de matérias-primas e componentes, resultando no encarecimento de produtos. Um caso típico é a produção de veículos, cujos preços subiram acima da inflação no ano passado por falta de chips.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.