O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 109,761 milhões, avanço de 9% na mesma base de comparação. Já a margem Ebitda encolheu 0,5 ponto porcentual, para 22,5%.
Os números no critério “ajustado” exclui os juros capitalizados de financiamento à produção, que compõem a linha de custos, conforme explicou a empresa.
Sem o ajuste, o lucro líquido contábil foi de R$ 45 milhões, o que corresponde um aumento de 26%. A receita líquida totalizou R$ 486,971 milhões, crescimento de 7,4%.
A Direcional atribuiu o crescimento do lucro à expansão dos lançamentos e vendas ao longo do ano, o que contribuiu para diluição de custos.
A margem bruta ajustada aumentou 0,6 ponto porcentual, para 36,5% – a despeito da pressão inflacionária que vem impactando o mercado.
A incorporadora também ressaltou que faz um acompanhamento rigoroso do orçamento das obras e que tem sido assertiva na estratégia de reajustar o preço de venda dos imóveis.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 24 milhões. A rubrica sofreu com a alta dos juros no País e seus impactos nas linhas de empréstimos. Também houve impacto da venda de parte da carteira de recebíveis. Por fim, a empresa citou os swaps contratados para proteção da flutuação do IPCA.
A Direcional fechou o quarto trimestre com R$ 1,049 bilhão em caixa, 13,2% mais na mesma base de comparação anual. O montante é capaz de cobrir os vencimentos de dívida corporativa dos próximos quatro anos (R$ 921 milhões).
A dívida líquida era de R$ 192,242 milhões, aumento de 84,4%. O volume cresceu devido à emissão de debêntures no valor de R$ 100 milhões no fim do ano. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) chegou a 13,4%, ante 7,3% um ano antes.
Operacional
Assim como seus pares, a Direcional já havia divulgado um relatório preliminar de lançamentos e vendas referente ao quarto trimestre, que mostrou desaceleração nos negócios.
Os lançamentos no quarto trimestre de 2021 caíram 31,6% na comparação com o mesmo trimestre de 2020, para R$ 633,817 milhões, enquanto as vendas líquidas aumentaram 2,4%, para R$ 537,662 milhões.
Já no acumulado do ano de 2021, os lançamentos cresceram 75,4%, contra 2020, para R$ 2,677 bilhões (recorde na história da empresa), e as vendas aumentaram 43,3%, para R$ 2,017 bilhões.
O braço imobiliário para a média renda, Riva, foi responsável por pouco mais de 40% dos lançamentos do ano.