De acordo com ele, a trajetória do juro básico este ano dependerá das informações que surgirem sobre a economia dos EUA. “E se as cadeias de suprimentos começarem a normalizar? Talvez não precisemos de mais seis altas de juro em 2022 se os desequilíbrios começarem a melhorar”, estimou o dirigente, que tem direito a voto nas reuniões deste ano do FOMC.
Para Kashkari, a maior notícia da última reunião do grupo não foi a primeira alta de juro desde 2018, mas a nova trajetória planejada para o juro. “Mudei minha visão drasticamente sobre a política monetária nos últimos seis meses”, disse, após ressaltar que a alta e persistente inflação local o surpreendeu.
De qualquer forma, os primeiros sinais são de que o mercado de trabalho e a cadeia de suprimentos continuarão apertados ao menos até o fim do ano.
De acordo com Kashkari, a forte geração de empregos recente nos EUA não foi suficiente para manter a inflação controlada, e empresários têm previsto melhora nas cadeias apenas a partir de 2023.
Ele ainda alertou que é incerto se a demanda por bens de consumo, em parte responsável pelos altos preços nos EUA, vai diminuir nos próximos meses, à medida que o setor de serviços se recupera completamente do crise da covid-19.