Além disso, o número de pedidos de auxílio-desemprego norte-americano teve alta de 23 mil na semana encerrada em 8 de janeiro, a 230 mil, acima da previsão dos analistas (200 mil solicitações). “O aumento de pedidos semanais de auxílio-desemprego associado à desaceleração da inflação ao produtor fortalecem a ideia de que o ciclo de alta de juros nos EUA pode não precisar ser tão agressivo, favorecendo a queda do dólar ante pares principais, porque o mercado de trabalho no país pode não estar tão aquecido como se esperava”, comenta.
Com isso, o euro se fortalece, apesar do BCE reforçar manutenção de juros, enquanto não encerrar seu programa de compra de ativos, o que já esta praticamente precificado pelo mercado, avalia. Aqui, segundo o economista, os dados de serviços fortes em novembro ajudaram a limitar a intensidade da alta do dólar ante o real mais cedo.
Em relação ao decreto do presidente Jair Bolsonaro determinando que atos relacionados à gestão do Orçamento público terão que ter aval prévio da Casa Civil, Eduardo Velho avalia que se trata de mais uma medida de esvaziamento da equipe econômica e de aumento da força do Centrão no governo em meio a interesses eleitorais do presidente. “É um sinal negativo do ponto de vista fiscal em cenário de crescimento baixo e déficit público elevado, porque ações de privatização perdem força, por exemplo, mas tem impacto moderado na precificação da taxa de câmbio porque a percepção é de que a política liberal da equipe econômica vem perdendo espaço há bastante tempo”, declarou.
Às 11h16, o índice DXY renovava mínimas, em queda de 0,25%, aos 94,678 pontos.