Os ajustes precificam a valorização de mais de 2% do petróleo em meio ao impasse sobre acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, o que beneficia moedas de países emergentes e exportadores de commodities, mas dá fôlego também à inflação mundial e no Brasil, aumentando a necessidade de altas de juros por bancos centrais de países desenvolvidos e emergentes para conter a escalada dos preços. Operadores não descartam continuidade de ingressos de fluxo de investidores estrangeiros. O ajuste de baixa amplia cinco dias de perdas seguidas, acumuladas em 4,73% até o fechamento desta terça-feira, 22.
Os contratos futuros de petróleo acentuaram ganhos, em meio à queda na oferta causada pela guerra na Ucrânia. De acordo com a agência russa Interfax, o vice-primeiro-ministro da Rússia Alexander Novak afirmou hoje que o mercado atualmente tem um déficit de 1 milhão de barris por dia (bpd) da commodity disponível no mercado. Às 8h (de Brasília), o barril do WTI para maio ganhava 2,46%, a US$ 111,97, e o do Brent para igual mês avançava 2,69%, a US$ 118,55.
Mais cedo, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, afirmou que as inovações digitais no setor financeiro demandarão mudanças regulatórias. O banqueiro central participa do evento BIS Innovation Summit, mas por enquanto não falou sobre política monetária.
Já o presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, disse nesta manhã que o grande tópico hoje é como fazer política monetária em um ambiente de incerteza. Ele participa de evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Fiesp, sobre regras fiscais. Segundo o presidente do BC, o ambiente de incerteza já dura bastante tempo, gerado por “diversos fatores”.”Se existe grande preocupação de como fazer em ambiente de incerteza, deveria existir de como fazer política fiscal em ambiente de incerteza”, disse o presidente na abertura do evento.
Às 9h37 desta quarta, o dólar à vista caía 0,33%, a R$ 4,8992. O dólar abril recuava 0,27%, a R$ 4,9120.