O dólar registrou nova mínima a R$ 4,9488 (queda de 1,34%) no mercado à vista. O economista-chefe da J.F. Trust, Eduardo Velho, atribui a ampliação da queda frente o real à novos ingressos de fluxo de investidores estrangeiros no mercado, porque a percepção é de que a Selic pode ir além de 12,75% após a reunião de maio do Copom em meio a expectativas de que o Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) adote uma postura gradualista na alta de juros nos EUA ao longo deste ano.
“O diferencial de juros interno e externo é muito favorável ao Brasil segue atraindo capitais para a Bolsa e renda fixa, uma vez que a polarização entre Bolsonaro e Lula na eleição presidencial deste ano está mais consolidada com as últimas pesquisas e não parece assustar os investidores, que já conhecem o formato da política econômica dos dois postulantes ao Palácio do Planalto”, avalia a fonte.
Velho acrescentou que há esperanças também de que a guerra na Ucrânia não deve se prolongar por muito tempo e expectativas pelo discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que tende a defender elevação de juros de forma gradual de acordo com o ritmo da inflação.
Para o economista, a demanda por commodities segue maior que a oferta e ajuda a conter a alta do dólar no exterior.