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Dólar cai ecoando Fed, alta de juro do BoE e à espera de Campos Neto

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Estadão Conteúdos

O dólar ajusta-se em queda no mercado doméstico na manhã desta quinta-feira, alinhado à desvalorização predominante da moeda americana no exterior, em meio a apetite por ativos de risco com a diminuição das incertezas após a decisão de política monetária do Fed dentro do esperado, ontem. Mais cedo, euro e libra aceleraram a alta frente o dólar, após a inesperada decisão do Banco da Inglaterra (BoE) de elevar a taxa de juros de 0,1% para 0,25%, diante da inflação alta, mas mantendo o programa de relaxamento quantitativo em 895 bilhões de libras. As expectativas se voltam agora para a decisão de juros do BCE (9h45).

Contudo, no mercado local, a moeda americana desacelerou a queda com a continuidade de remessas corporativas de capitais para matrizes e investidores internacionais, segundo operadores do mercado.

Mais cedo, os investidores monitoraram o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que confirmou sinalizações anteriores e foi recebido sem surpresas no mercado, conforme as primeiras análises. Assim, as atenções se voltam para a entrevista do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e diretores do BC para falar sobre o documento, prevista para as 11h. A espera pela divulgação das quantidades de títulos a serem ofertados hoje pelo Tesouro Nacional também ajuda a conter o recuo mais forte das taxas.

Nos EUA, O Fed manteve os juros na faixa de 0% a 0,25%, indicou três altas de juros dos Fed Funds em 2022 para tentar conter a inflação e o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizou para novos estímulos se for necessário, caso o PIB enfraqueça em meio a incertezas sobre o ritmo da recuperação do mercado de trabalho e do impacto da variante Ômicron do coronavírus na atividade americana.

Às 9h27 desta quinta, o dólar à vista caía 0,33%, a R$ 5,6894, ante mínima a R$ 5,6694 e máxima a R$ 5,7079 (-0,01%). O dólar futuro para janeiro subia 0,11%, a R$ 5,7070, após oscilar de R$ 5,6825 a R$ 5,7260.