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Dólar fecha cotado a R$ 5,0739 (-1,63%); queda semanal chega a 1,80%

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Estadão Conteúdos

O real teve um novo dia de valorização ante o dólar, principalmente na etapa vespertina dos negócios. Saindo da abertura a R$ 5,1574, chegou à máxima de R$ 5,1649, mas a cotação desceu para R$ 5,0739 (-1,63%) no fechamento do dia, em mais uma sessão marcada pela volatilidade. Na semana, a queda acumulada foi de 1,80%.

Hoje, também, o mercado de câmbio local operou parcialmente descolado do movimento do dólar, com fortalecimento frente a divisas fortes. No entanto, houve espaço para alta de moedas da maioria de emergentes pares do real, com exceção do rublo e do peso argentino.

Para Bruno Mori, economista e planejador financeiro pela Planejar, o fluxo esteve forte nesta sexta-feira. Mas não apenas de estrangeiros que estão vendo bom diferencial para ingressar no país, mas por fundos domésticos, que têm zerado suas posições em câmbio para estarem posicionados em juros. “Tenho notícias de gestores zerando posições em moedas, eu mesmo fiz isso no começo do mês”, diz.

Para os estrangeiros, diz, também é algo atrativo, uma vez que há a percepção de que o Federal Reserve (Fed) poderá amenizar o ritmo de alta dos juros americanos, após dois dados de inflação (CPI e PPI) se mostrarem mais fracos que o esperado. Aqui no Brasil, também, a expectativa é a de que o BC se não concluiu, está bem perto de terminar o ciclo de alta. Os investidores, agora, aguardam para a próxima semana a ata da mais recente reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) para ter maior clareza sobre os próximos passos do Fed.

Mori ressalta ainda que, pela pesquisa Focus do Banco Central, no fim de 2023, a cotação do dólar é R$ 5,20 e a taxa Selic 11%. “Apesar do risco fiscal e político que o Brasil tem, parece ser vantajoso para o capital estrangeiro. O Brasil, entre os emergentes, tem algumas vantagens como o Banco Central que provê liquidez, por exemplo. Assim, o estrangeiro fica confortável em ficar comprado em real, seja nas posições de juros ou de Bolsa”.

“Dado o risco fiscal, que voltou a ficar no radar, me parece que uma cotação em torno de R$ 5,00 chama ajustes”, diz.