O dólar abriu esta sexta-feira, 5, em alta leve, alinhado à valorização no exterior, mas passou a cair frente ao real com a recuperação do petróleo e dos futuros de Nova York, que caíam mais cedo, em meio a compasso de espera pelo relatório de emprego de julho dos Estados Unidos, o Payroll, que será divulgado às 9h30.
A expectativa dos analistas é a de que a economia dos EUA tenha criado 250 mil vagas em julho, de acordo com a mediana das projeções de 28 economistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. Caso se confirme, o resultado representará uma desaceleração, após os 372 mil postos criados em junho, e será mais um sinal da perda de fôlego da atividade em geral no país. A mediana dos analistas consultados para a taxa de desemprego é que siga em 3,6%. Para o salário médio por hora, a mediana aponta para alta mensal de 0,3%, com ganho de 4,9% na comparação anual.
Na quinta-feira, 4, a moeda americana caiu 1,09%, a R$ 5,2204 no mercado à vista, acompanhando a tendência internacional e precificando a leitura de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve encerrar o ciclo de aperto monetário, com possibilidade reduzida, na visão dos agentes, de uma alta de 0,25 ponto porcentual em setembro. O mercado antecipou para o primeiro semestre de 2023 as apostas de corte da taxa básica, o que derrubou a curva de juros também, especialmente os vértices intermediários.
Mais cedo hoje, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,38% em julho, após uma alta de 0,62% em junho. O resultado do indicador ficou próximo do piso das estimativas da pesquisa do Projeções Broadcast, que iam de uma queda de 0,41% a um avanço de 0,19%, com mediana de queda de 0,18%. Com o resultado, o IGP-DI acumulou avanço de 7,44% no ano e de 9,13% em 12 meses até julho.
A quedas nas cotações das commodities contribuíram para a deflação. “As quedas verificadas nos preços de grandes commodities – minério de ferro (de -1,63% para -12,94%), soja (de -0,81% para -2,27%) e milho (de -3,30% para -4,98%) – explicam a desaceleração da inflação ao produtor”, diz a nota divulgada pela FGV.
O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI) de julho subiu 0,36%, após a elevação de 0,57% registrada em junho.
Às, 9h24 desta sexta, o dólar à vista tinha baixa de 0,15%, a R$ 5,2122. O dólar futuro para setembro tinha viés de baixa de 0,06%%, a R$ 5,2480.