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Dólar recua com dados e Treasuries, mas desacelera em meio à crise geopolítica

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Estadão Conteúdos

O dólar à vista segue em baixa nesta quarta-feira, 16, mas desacelerou a queda diante do fortalecimento do contrato futuro de março, que passou a subir. Os ajustes iniciais acompanham o recuo da moeda americana e dos juros dos Treasuries no exterior.

Um ambiente de cautela internacional limita a queda do dólar hoje, em meio a relatos de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse não ter visto sinais de que a Rússia está de fato retirando tropas da área fronteiriça com a Ucrânia. O Kremlin reagiu às alegações da Otan e afirmou que a aliança estava “errada” ao dizer que não há sinais de desmobilização de tropas. O governo russo expressou desejo de Putin em negociar diplomaticamente.

A aceleração da alta do petróleo mais cedo, para mais de 1%, favorece um dólar mais fraco ante moedas de países emergentes e exportadores de commodities nesta manhã no exterior. Essas divisas sobem levemente também ante o dólar, após os últimos índices de preços da China, que mostraram desaceleração tanto da inflação ao consumidor (CPI) quanto ao produtor (PPI). Além disso, a moeda americana recua ante a libra, após a aceleração da inflação ao consumidor no Reino Unido a 5,5% em janeiro, maior nível desde 1992. E o euro também sobe, apoiado no avanço da produção industrial em dezembro na zona do euro acima das expectativas dos investidores.

No mercado local, os investidores monitoram os desdobramentos da visita do presidente Jair Bolsonaro e de sua comitiva à Rússia nesta quarta-feira. Também devem ficar atentos à sessão do Senado, que pretende pautar em Plenário hoje o pacote de projetos para baixar os preços dos combustíveis, que inclui uma conta de estabilização dos preços, mudança do modelo de cobrança do ICMS e ampliação do vale-gás a famílias carentes.

Além disso, o mercado deve olhar a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, às 16h, vendas no varejo (10h30) e a produção industrial (11h15), ambos dos Estados Unidos.

Às 9h37 desta quarta, o dólar à vista caía 0,20%, a R$ 5,1703, ante mínima a R$ 5,1583 (-0,43%) mais cedo e máxima a R$ 5,1748 (-0,11%). O dólar para março subia 0,16%, a R$ 5,1815, ante mínima a R$ 5,1710 (-0,06%) e máxima a R$ 5,1895 (+0,30%).