O mercado de câmbio se alinha ao recuo do dólar ante moedas principais (DXY) e várias emergentes e ligadas a commodities no exterior. Ontem, durante o feriado no Brasil, o dólar subiu no exterior e atingiu o maior nível ante o iene em 32 anos, com renovados sinais de fraqueza na economia global. Os investidores internacionais precificaram na véspera os dados de inflação ao produtor (PPI) nos Estados Unidos acima do esperado, reforçando as chances de que o Fed aumente juros em 75 pontos-base pela quarta vez seguida, na reunião de novembro, e a ata da reunião do Fomc de setembro.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa dos encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, em Washington (EUA), e fica no radar também.
No cenário eleitoral, o candidato à Presidência da República pelo PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu, durante discurso para a imprensa em Salvador, na Bahia, fazer uma “política tributária progressiva”, caso eleito. Na esteira das promessas, Lula reiterou a proposta de seu programa de governo de aumentar a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que ganham salários de até R$ 5 mil.
Na Europa, o euro e a libra sobem ante o dólar nesta manhã, após alta da inflação ao consumidor (CPI da Alemanha em setembro em linha com a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal. Contribui também a queda dos juros dos Gilts britânicos, após o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) reafirmar que vai encerrar o seu programa de compras de títulos amanhã. O BC do Reino Unido já comprou 8,76 bilhões de libras em Gilts em uma tentativa de estabilizar o mercado de renda fixa local, pressionado pelos planos de cortar impostos do governo da primeira-ministra Liz Truss.
Às 9h23, o dólar à vista caía 0,15%, a R$ 5,2644. O dólar para novembro recuava 0,56%, a R$ 5,2850.