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Dólar segue em baixa com fluxo positivo e diálogo Russia-Ucrânia no radar

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Estadão Conteúdos

O dólar segue em baixa, à casa dos R$ 5,04 no mercado à vista há pouco. O analista de câmbio da corretora Ourominas, Elson Gusmão, atribui a queda do dólar ante o real à entrada de fluxo de capitais estrangeiros principalmente, com empresas e investidores desmontando posições nos mercados da Rússia e migrando para o Brasil, que tem o segundo maior juros entre países emergentes e a Selic deve continuar subindo neste ano.

Além disso, Gusmão lembra que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou na semana passada que deve defender alta de 0,25 ponto dos juros nos EUA na reunião de 16 de março, embora não tenha descartado elevações maiores nas reuniões seguintes. A alta das commodities atrai fluxo para as empresas brasileiras exportadoras de matérias-primas na Bolsa, como a Vale que sobe mais de 3% nesta manhã, afirma o analista.

Já as ações da Petrobras recuam mais de 1% em meio à desaceleração da alta do petróleo há pouco, observa ele, com o diálogo entre Rússia e Ucrânia no radar bem como as discussões no governo sobre subsídios aos preços dos combustíveis no Brasil, que gera desconfiança de interferência política na gestão de preços da estatal.

O preço do minério de ferro negociado em Qingdao, na China, fechou em forte alta de 5,67% nesta segunda-feira, 7, cotado a US$ 161,65 a tonelada, informou um operador. É o nível mais alto desde 16 de agosto de 2021, quando a matéria-prima encerrou os negócios a US$ 163,52 por tonelada.