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Dólar sobe com aversão a risco no exterior e fiscal segue no foco com eleição

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Estadão Conteúdos

O dólar opera em alta diante da aversão a risco no exterior. A continuidade da demanda defensiva global se reflete em valorização da moeda americana, dos retornos dos Treasuries e do bônus alemão (Bund) de 10 anos, enquanto as bolsas internacionais recuam.

Os investidores operam sob incertezas com o ritmo de elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para conter a inflação e reagem à taxa anual de inflação ao produtor (PPI) da Alemanha, que saltou ao nível recorde de 37,2% em julho, contrariando expectativas de desaceleração. Além disso, um onda de calor na China agrava a crise de energia em algumas regiões do país, aumentando incertezas sobre as cadeias produtivas e a inflação global e agravando as perdas das commodities.

Os contratos futuros do petróleo aceleraram baixa em torno de 2% na manhã desta sexta-feira, 19, após os robustos ganhos das duas sessões anteriores, à medida que o dólar se valoriza com mais força, reduzindo a atratividade da commodity. O preço do minério de ferro em Cingapura registrou queda de 0,68% hoje, cotado a US$ 101,20 a tonelada no último negócio registrado, de acordo com a Singapore Exchange.

No mercado interno, as atenções ficam também no risco fiscal em meio à demanda do Judiciário por reajuste de 18% nos salários a partir de 2023, que deve ter efeito cascata para o restante do funcionalismo público do Executivo e Legislativo, pressionando mais as contas públicas. Os investidores olham também a nova pesquisa Datafolha confirmando a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial e chances de vitória já no primeiro turno.

Às 9h23 desta sexta-feira, o dólar à vista subia 0,69%, a R$ 5,2083 e passava a acumular ganho mensal de cerca de 0,6%. O dólar para setembro ganhava 0,74%, a R$ 5,2285.