No exterior, além das apostas divididas sobre uma desaceleração da alta de juros pelo Federal Reserve em dezembro, o anúncio do governo chinês no sábado reiterando que manterá “inflexível” sua política para contenção da covid-19 pesa no sentimento dos investidores nesta manhã, apoiando valorização moderada do dólar ante várias divisas de países emergentes exportadores de matérias-primas.
Na agenda da semana, os destaques são os índices de preços no Brasil e Estados Unidos, com divulgação do IPCA e CPI na quinta-feira. Estão previstos também a pesquisa de serviços no País (sexta-feira) e das vendas no varejo (quarta-feira).
Hoje, o Boletim Focus mostra que a projeção para IPCA de 2022 avançou de 5,61% para 5,63%, contra 5,71% há um mês. A previsão para o IPCA em 2023 continuou em 4,94% e para 2024 permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, as medianas eram de 5,00% e 3,47%, nessa ordem. As medianas na Focus para a inflação oficial em 2022 e 2023 estão acima do teto da meta para esses horizontes (de 5,0% e 4,75%, nessa ordem), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, considerando o estouro de 2021.
Para 2024, a projeção do mercado está acima do alvo central de 3,00%, mas aquém do limite superior de 4,50%. Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e de 2024. Mas o BC tem dado ênfase ao horizonte seis trimestres à frente, atualmente o segundo trimestre de 2024.
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 4,0 pontos na passagem de setembro para outubro, para 79,8 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 0,4 ponto.do de trabalho nos próximos meses. Não é possível descartar novas quedas no “A desaceleração da economia parece já entrar no radar e influenciar as expectativas sobre o mercas próximos resultados dado que o cenário macroeconômico ainda é desafiador e a recuperação econômica tende a perder força na virada para 2023”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Às 9h33, o dólar à vista subia 0,62%, a R$ 5,0934, após atingir máxima a R$ 5,1074.(+0,89%). O dólar para dezembro ganhava 0,66%, a R$ 5,1170, ante máxima intradia a R$ 5,130 (+0,91%).