A dirigente, que tem poder de voto nas decisões monetárias, afirmou que o banco central norte-americano não quer repetir erros cometidos na década de 1980, quando se perdeu o controle das expectativas inflacionárias.
Esther George reiterou o compromisso em levar a inflação de volta à meta de 2% e evitou responder por quanto tempo as taxas terão que permanecer elevadas.
Ela disse que o resultado de alta inflação nos Estados Unidos no mês passado, publicado na quinta-feira e acima do esperado, serve como lembrete de que o banco central norte-americano “ainda tem trabalho a fazer”.
A dirigente afirmou se preocupar com altos preços atravessando diversos setores da economia dos EUA.
Em suas falas, George ressaltou ver risco em mover muito abruptamente as taxas de juros, em um cenário de volatilidade e incertezas nos mercados. Ainda, notou o atraso entre as decisões monetárias e o impacto real sobre a economia.
“Prefiro um caminho mais estável, com habilidade de comunicar mais claramente até alcançar nível restritivo o suficiente para que inflação caia a 2%”, afirmou. Elevar os juros rápido demais poderia atrapalhar os mercados financeiros, observou. “Sabemos o destino, mas nos passos até lá teremos que ser bem cautelosos”.
George destacou que o Fed não pode resolver os choques de oferta, mas busca reestabelecer o equilíbrio entre oferta e demanda.