“Estudamos muito bem esse lote, assim como todos os outros. Esse, em particular, é muito maduro, com histórico de tráfego consolidado, estamos entrando em projetos com disciplina financeira”, disse após o leilão promovido na B3. “Não temos que nos balizar pela proposta dos outros, temos uma proposta muito sólida, estamos absolutamente confiantes que conseguiremos agregar valor ao grupo”, acrescentou.
O executivo destacou que a companhia tem uma equipe de engenharia forte, com ativos de várias complexidades. “(Esse projeto tem) capex muito simples em termos de engenharia, embora volumoso, não tem grandes obras.”
Financiamento
Guidotti disse que a companhia deve ter um financiamento tradicional para o Lote Noroeste de rodovias paulistas, conquistado nesta quinta-feira por R$ 1,2 bilhão.
“Já conversamos com o BNDES, o (banco) gosta muito do projeto. Seguramente faremos um empréstimo-ponte inicial, para que possamos levar a concessão nos primeiros 2 ou 3 anos”, esclarece. “Teremos empréstimo-ponte e take out com o BNDES, provavelmente usaremos debêntures de infraestrutura”, acrescentou.
O executivo disse que, neste projeto, 70% deve ser financiamento e 30% equity.
Guidotti destacou ainda que esse ativo diminui a alavancagem do grupo nos primeiros anos. “É importante ressaltar que a concessão já começa com geração de caixa muito forte, com Ebitda importante desde o primeiro dia. (O ativo) gera mais caixa do que perda de dívida.”
Segundo ele, conforme o capex for executado, no futuro os outros ativos já estão mais maduros. “Temos essas métricas sob controle, entendemos que esse projeto cabe muito bem no nosso portfólio.” A EcoRodovias foi assessorada pelo Santander.
Rodovias do Paraná
O presidente da EcoRodovias disse que a companhia segue olhando projetos prioritários para o futuro.
“Temos nossas prioridades, no programa federal em especial (as rodovias) do Paraná. (O projeto da BR) 381 também está sendo estudado.”
Ele acrescentou que “tudo indica” que esses leilões devem sair esse ano. “Estamos num momento de eleições, mas estes são programas de Estado, não de governo.”
O executivo acrescentou que a inflação e os custos dos materiais são informações conhecidas. “Conhecer essas informações nos deixa aptos para colocar isso na proposta, não é novidade que o preço do asfalto cresceu mais que a inflação.”