Para o membro do IUB e CEO da Yalo, Antônio Castilho, o papel do instituto é o de provocar o debate. “Depois de passar por um debate pela sociedade, tem que passar para as comissões”, salientou.
A proposta do IUB é clara, de acordo com ele, mas não é a única apresentada até aqui. O empresário enfatizou que nenhuma proposta da entidade visa a aumentar impostos.
O presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nesse, também voltou a defender a recriação da CPMF para financiar essa desoneração. Como argumento a favor da contribuição, ele reforçou que se trata de uma tributação paga “por todos”, desde o bandido até o fiel que entrega o dízimo à Igreja.
Nesse relatou que conversou com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) na semana passada sobre o assunto. “Não gostam da CPMF e dão como desculpa ficarem atrelados com o governo para fazerem a arrecadação”, descreveu.
Apesar disso, o presidente da CNS disse que os empresários estão abertos a receber alternativas ao financiamento da desoneração. “Falar de CPMF na Febraban é proibido, mas aceitaram conversar sobre o assunto. Todo mundo é favorável à desoneração. A grande questão é a escolha da tributação substituta”, considerou.
Nabil, da Alshop, salientou que 17 segmentos já conseguiram renovar a isenção da desoneração, mas que não é justo que os demais não tenham esse benefício. “Tudo o que compramos hoje tem até 60% de imposto embutido porque temos de sustentar esse paquiderme em Brasília. Essa desigualdade precisar ser combatida. E quem vai ganhar com isso? A sociedade civil.”