A delegada Tania Prado, presidente da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal – uma das entidades que participam das mobilizações desta quinta-feira – afirma que o governo Bolsonaro, ‘ao desvalorizar a instituição e os policiais federais’, passa a ser o ‘principal agente de enfraquecimento’ da corporação.
A chefe da Fenadepol argumenta que a PF ‘não pode ser instrumento de marketing eleitoreiro’ e destaca: “A Polícia Federal é o principal termômetro do combate à corrupção e à criminalidade no Brasil. E quando todos os parâmetros indicam que esse combate corre sérios riscos, a sociedade tem que fazer uma correção urgente de rota”.
A mobilização de integrantes da Polícia Federal ocorre em unidades da corporação em vários Estados, com faixas e manifestações de ordem pedindo a ‘valorização das forças de segurança federais’.
As entidades representativas da PF já haviam externado o descontentamento com o reajuste linear idealizado pelo governo Bolsonaro em reunião com o ministro da Justiça Anderson Torres. Às instituições, Torres afirmou que o ‘martelo não está batido’ com relação ao aumento a todo funcionalismo público.
As diferentes associações já aprovaram outras medidas em reação ao que chamam e ‘clara omissão’ do governo quanto à reestruturação de carreiras da corporação. Como mostrou o Estadão, a Associação dos Delegados da Polícia Federal aprovaram um indicativo de paralisação das atividade, o qual será ratificado em uma assembleia geral extraordinária prevista para o dia 2 de maio.