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Escola de idioma se reinventa para crescer

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Estadão Conteúdos

No mercado de trabalho, é cada vez maior a busca por profissionais com soft skills bem desenvolvidas, capacidade de autogestão e visão empreendedora. Saber outro idioma também pode abrir portas e atrair oportunidades de crescimento. De olho nesse movimento, empresas de cursos de idiomas ganham impulso com a demanda profissional e chegam a remodelar o negócio.

Foi o que ocorreu com a rede de franquias Park Idiomas, que se transformou em Park Education. A empresa foi além do ensino de inglês e passou a oferecer cursos voltados ao futuro do trabalho. Os conteúdos, em inglês e português, envolvem inovação, criatividade e empreendedorismo.

“Olhando para o futuro do trabalho, a Park viu oportunidade de desenvolver um negócio que transformasse a criança em indivíduo pronto para o futuro do trabalho, um adulto transformador, empreendedor, criativo e no mundo da tecnologia”, diz cofundador e copresidente da Park Education, Eduardo Pacheco.

Com a adaptação dos conteúdos, o público de 5 a 14 anos cresceu, pois se viu a necessidade de iniciar o desenvolvimento das habilidades cada vez mais cedo. Para os adultos, a empresa se guiou pelo entendimento do lifelong learning – conceito que pensa o aprendizado como constante ao longo da vida – e oferece mais de 28 cursos para desenvolver pessoas em cinco pilares indicados por Pacheco: pensamento crítico, solução de problemas, comunicação eficiente, capacidade de colaborar e liderança.

Outra empresa que viu a necessidade de adaptar a oferta de cursos foi o Cambly, plataforma online que conecta professores nativos do inglês a quem deseja aprender o idioma. “Aos poucos, o negócio foi entendendo o público que se beneficiaria mais e desenhando o produto”, conta a gerente geral da companhia no Brasil, Julia Paco.

Hoje, diz ela, o maior volume de alunos brasileiros é de profissionais que desejam se capacitar para o mercado de trabalho. Por isso, o negócio foca os esforços de produto e comunicação nesse perfil. Com possibilidade de aulas agendadas ou sob demanda, a pessoa escolhe quantos dias e minutos por semana quer dedicar aos estudos e elege o professor mais adequado ao objetivo.

“Temos tutores de diferentes áreas, como ex-pilotos ou que trabalham com aviação, que são do marketing ou desenvolvedores”, diz Julia. Os alunos conseguem fazer uma busca rápida e encontrar uma grande variedade de professores que vão ensinar o vocabulário específico para a profissão, para o interesse deles.

CONEXÃO. Essa abordagem mais individualizada também pode ser verificada na Pula Muralha, que ensina chinês. “Quando a pessoa tem demanda particular, a gente faz um ou dois encontros semanais. A maioria dos alunos particulares tem demanda de carreira ou acadêmica”, diz o jornalista brasileiro Lucas Brandt, cofundador do negócio ao lado da esposa Si Liao, que é chinesa e está por trás da metodologia do curso.

“Quando decidi estudar mandarim, tinha uma parte de motivação de conhecer outra cultura, mas o fator de decisão foi porque achei que o idioma podia ajudar na minha carreira”, diz Brandt.

A Pula Muralha foi criada em 2017 e hoje oferece ensino híbrido: conteúdos gravados com encontros particulares ao vivo. Além do curso padrão, em que a pessoa segue um plano de aulas por três, seis ou nove meses, há atendimentos personalizados de acordo com a necessidade do estudante.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.