Em julho, a pesquisa mostra crescimento também dos índices do emprego (0,5% em relação a junho), da massa salarial (1,3%) e do rendimento médio (1%). “Em termos de emprego, o segundo semestre se inicia com fôlego semelhante ao da primeira metade do ano. Já a massa salarial e o rendimento médio mostram recuperação e atingem seus pontos mais altos de 2022”, cita o estudo.
A economista da CNI Larissa Nocko diz que a melhora generalizada dos indicadores é consequência da recuperação do poder de compra das famílias, com consequente alta no consumo. “A melhora também é consequência da forma como parte da indústria de transformação tem contornado as dificuldades com relação ao fornecimento de insumos.”
Larissa Nocko destaca, no entanto, que “as restrições à produção se mantêm, o que pode ser visto na relativa estabilidade da Utilização da Capacidade Instalada desde o início do ano e do número de horas trabalhadas”.
Pelo levantamento, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) recuou 0,2 ponto porcentual em julho de 2022, na comparação com junho. Em relação a junho de 2021, o indicador apresenta recuo de 2,4 pontos porcentuais. “Apesar disso, a UCI se mantém em um patamar elevado, acima do praticado no período pré-pandemia”, diz o estudo. A UCI de julho foi registrada em 80,1%.
Quanto às horas trabalhadas na produção, o indicador variou para baixo, -0,1% em relação a junho.
“Um comportamento que pode ser interpretado como estabilidade na comparação com junho”, justifica a CNI. “As horas trabalhadas se mantiveram em um patamar elevado. Em comparação a julho de 2021, o crescimento é de 3,0%”, acrescenta.