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Fed: Dívidas das famílias sofrem maior aumento trimestral desde 2007

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Estadão Conteúdos

O saldo da dívida total das famílias nos Estados Unidos continuou a subir no terceiro trimestre de 2022, com um aumento de US$ 351 bilhões, o maior avanço trimestral nominal desde 2007. Esse aumento, segundo o Federal Reserve (Fed), foi impulsionado por uma alta de US$ 282 bilhões nos saldos de hipotecas, de acordo com o último Relatório Trimestral sobre Dívida das famílias e Crédito do Centro de Dados Microeconômicos do Fed de Nova York.

As hipotecas, historicamente são maior forma de dívida das famílias, e representam 71% dos saldos. A porcentagem é maior do que os 69% do quarto trimestre de 2019. Em uma base anual, isso marcou um aumento de 15% nessa modalidade de dívida, o maior em mais de vinte anos.

Os três primeiros trimestres de 2022 tiveram ainda, segundo o Fed, um rápido aumento nos saldos de cartões de crédito. O aumento de 15% observado no terceiro trimestre de 2022 é o maior em dezoito anos de dados.

O Fed considera que estes aumentos de saldo, praticamente generalizados, não surpreendem face aos fortes níveis de consumo que têm aparecido. “Com preços mais de 8% mais altos do que há um ano, talvez não seja surpreendente que os saldos estejam aumentando”, diz texto da instituição. “O verdadeiro teste, é claro, será acompanhar se esses devedores poderão continuar a fazer os pagamentos em seus cartões de crédito”, complementa.

Para a instituição, as novas compras que aumentam o saldo do cartão de crédito refletem uma demanda robusta em meio a preços mais altos de bens e serviços.