“Os dirigentes observaram que a inflação permaneceu inaceitavelmente alta e bem acima da meta de longo prazo de 2%. À luz da leitura alta do CPI para junho, os dirigentes ainda notaram que a inflação do PCE provavelmente teria aumentado ainda mais naquele mês. Eles também concordaram que as pressões inflacionárias eram de base ampla e havia pouca evidência até o momento de que as pressões inflacionárias estavam diminuindo”, diz o texto, ao mencionar o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e o índice de preços de gastos com consumo (PCE), este a medida de inflação preferida do Fed.
Ainda segundo o documento, os membros do BC americano notaram que a guerra na Ucrânia e os eventos relacionados estavam criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e pesando sobre a atividade econômica global.
Por outro lado, os bloqueios contra a covid-19 da China afetaram as cadeiras de suprimentos “modestamente”.
Já os gargalos de oferta continuam a pressionar os preços, sendo que houve sinais de melhora gradual.
Diante desse cenário, os dirigentes ressaltaram que estão bastante atentos aos riscos para a inflação. “Eles esperam que o adequado fortalecimento da política monetária e um eventual alívio dos desequilíbrios de oferta e demanda trariam a inflação de volta a níveis consistentes com o objetivo de longo prazo do Comitê e manteriam as expectativas de inflação de longo prazo bem ancoradas”, traz o documento.
Entre os participantes do mercado, pareceu haver uma moderação da inflação. No entanto, os investidores parecem estar cada vez mais atentos aos riscos de baixa para a economia, à luz de choques externos e das contínuas surpresas ascendentes da inflação, aponta a ata.
Já o staff considerou que os riscos para a projeção de inflação estavam voltados para cima, dadas as persistentes surpresas ascendentes observadas nos dados de inflação.