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FGV: confiança da indústria cai 1,7 ponto em julho, a 99,5, após 3 altas seguidas

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Estadão Conteúdos

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1,7 ponto em julho, após três meses consecutivos de alta, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira. Com o resultado, o índice atingiu 99,5 pontos. “O ICI volta a cair, influenciado pela moderação do otimismo empresarial quanto à evolução dos negócios ao longo do segundo semestre”, avalia o economista do Ibre/FGV Stéfano Pacini, em nota. “As expectativas menos favoráveis parecem decorrer da perspectiva de manutenção de níveis elevados de inflação e de juros até o final do ano, além do aumento da incerteza política durante o período eleitoral.”

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), por sua vez, teve alta de 0,9 ponto porcentual, a 82,3%, o maior nível desde março de 2014.

O recuo do ICI em julho foi puxado tanto pela avaliação do presente quanto pelas perspectivas do setor. O Índice de Situação Atual (ISA) cedeu 0,9 ponto, para 101,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,6 pontos para 97,6 pontos. Em julho, houve queda da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais monitorados pela sondagem.

Nas aberturas do ISA, o indicador de percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios caiu 4,5 pontos, para 101,1 pontos. Já o indicador que mede o nível dos estoques cedeu 2,3 pontos, para 99,6 pontos, colocando os estoques em nível de equilíbrio – quando acima de 100 pontos, esse indicador sinaliza que a indústria opera com marca acima da desejável. O indicador que mede o grau de satisfação das empresas com o nível de demanda por produtos industriais, por sua vez, permaneceu estável em 102,8 pontos.

Entre os componentes do IE, o indicador que mede o otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes caiu 7,8 pontos, para 95,1 pontos, e o que mensura a tendência dos negócios para os seis meses seguintes recuou 1,3 ponto, para 93,9 pontos. Em contrapartida, o indicador de expectativas de emprego nos três meses seguintes subiu 1,3 ponto, em sua quarta alta consecutiva, chegando a 103,9 pontos – o melhor resultado para o critério desde outubro de 2021.