Segundo Picchetti, o comportamento desses componentes pode levar o IPC-S à primeira deflação mensal desde maio de 2020, quando havia registrou queda de 0,54%. Na ponta, as quedas dos três itens são de aproximadamente 12,0%, 5,0% e 6,0%, respectivamente. A projeção oficial para o resultado do IPC-S de julho está em revisão, mas o coordenador afirma que a tendência é de resultado próximo de zero.
“Essa desaceleração vem pelos itens beneficiados pela redução do ICMS. Pela difusão 72,58% para 71,94%, porém, é mais uma descompressão pontual do que uma mudança na trajetória da inflação. Até teve uma pequena queda, mas acima de 70% ainda é um número bem alto”, ressalta.
Grupo que costuma apresentar bastante volatilidade, Alimentação registrou alta de 1,64%, quase a mesma da primeira leitura do mês (1,65%). De acordo com Picchetti, a classe conta com forças opostas que estão praticamente se anulando. Na passagem da primeira para a segunda quadrissemana, por exemplo, hortaliças e legumes contribuíram com delta negativo de 0,04 ponto porcentual, enquanto laticínios tiveram delta positivo de 0,05 ponto.