“Metas quantitativas relevantes do programa no final de setembro foram atingidas, inclusive para reservas internacionais e financiamento monetário do déficit fiscal”, afirmou o FMI. No contexto de um cenário global mais desafiador e riscos domésticos contínuos, a implementação contínua da política do programa no futuro será “fundamental para alcançar objetivos do programa, consolidar a estabilidade e assegurar um crescimento sustentado e inclusivo”, avalia o organismo.
O programa oferece à Argentina “equilíbrio de pagamentos e apoio orçamental que está ligado à implementação firme e contínua de
políticas de programa destinadas a fortalecer as finanças públicas, combater a inflação persistentemente elevada, aumentando a acumulação de reservas”, segundo o FMI.
Para a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, “alcançar as metas de déficit fiscal primário de 2,5% do PIB em 2022 e 1,9% do PIB em 2023 é fundamental para moderar o crescimento das importações, acumular reservas, fortalecer a dívida sustentavelmente e reduzir ainda mais a dependência do financiamento do déficit pelo banco central”. Isso “vai exigir mais controles de despesas fortalecidos e maior eficiência de subsídios e gastos sociais, o que, por sua vez, criaria espaço para projetos críticos de infraestrutura energética e assistência direcionada aos vulneráveis”, avalia.
“Uma abordagem proativa de gestão da dívida, juntamente com políticas macroeconômicas prudentes, continua sendo necessário mobilizar o financiamento doméstico em pesos enquanto mitiga os riscos de rolagem da dívida”, afirmou Georgieva.