“A mudança climática é uma das políticas macroeconômicas e financeiras mais críticas que os membros do FMI enfrentarão nas próximas décadas. Os recentes picos no custo de combustível e alimentos – e os riscos resultantes de agitação social – sublinham a importância de investir em energia verde e aumentar a resiliência a choques”, defende a instituição.
O FMI destaca ainda que é preciso uma grande mudança para aproveitar o financiamento público e, especialmente, o privado, já que o desafio para os formuladores de políticas e investidores é como direcionam participações para projetos de mitigação e adaptação ao clima.
Para o fundo, a falta de incentivos está no centro do problema. “Os investidores têm muitas opções para gerar retornos – incluindo combustíveis fósseis na ausência de preços robustos de carbono. E, atualmente, projetos verdes em mercados emergentes e economias em desenvolvimento simplesmente não justificam os riscos”, explica.
Além do financiamento, a instituição defende que os governos podem usar várias ferramentas políticas para ajudar a atrair o setor privado capital para as oportunidades climáticas, como a precificação robusta de carbono. “Isso ajudaria a gerar incentivos ao investimento privado em projetos de baixo carbono”, argumenta.