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FMI/Rice: lockdown expõe necessidade da China ajustar política de tolerância zero

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Estadão Conteúdos

O diretor do departamento de comunicação do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice, argumentou, nesta quinta-feira, que o recente lockdown para controlar o coronavírus em algumas regiões da China expõe a necessidade de o país ajustar sua estratégia de tolerância zero à doença.

Em coletiva de imprensa, Rice reforçou a importância de o país asiático acelerar a vacinação contra a covid-19. De acordo com ele, Pequim deve trabalhar para mitigar os efeitos econômicos da pandemia. O porta-voz acrescentou que o FMI considera “bem-vinda” a mudança por uma política expansionista na China.

Dívida soberana

Os riscos relacionados à dívida soberana estão aumentando no mundo, afirmou, na coletiva, Gerry Rice. “Não há espaço para complacência”, destacou. Rice disse que um terço dos países emergentes está em situação de “estresse de dívida”, com o quadro ainda pior nas economias de baixa renda. Segundo ele, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, reforçará esse alerta durante as reuniões com o G-20 a partir desta sexta-feira.

Argentina

O diretor do departamento de comunicação do FMI também afirmou que as medidas fiscais anunciadas pela nova ministra da economia argentina, Silvina Batakis, são “consistentes” com os termos do acordo de reestruturação da dívida do país com a instituição.

Rice definiu “muito positivas” as discussões iniciais que a cúpula do FMI teve com a titular da pasta. Ressaltou, ainda, que funcionários do Fundo continuam mantendo conversas com a equipe econômica argentina.

O porta-voz classificou de “bem-vindo” o compromisso de Batakis com o programa de reestruturação da dívida com o FMI, acertado em março. E chamou atenção, em particular, para os planos de controle de despesas públicas e de administração do passivo público, com intuito de fortalecer os fundamentos econômicos.

Batakis tomou posse na semana passada após a renúncia de seu antecessor, Martín Guzmán, que vinha sendo criticado pela vice-presidente do país, Cristina Kirchner.