Desde então, os indicadores “tem continuado a apontar para um impulso mais fraco de crescimento”, comenta ela, atribuindo isso à variante Ômicron da covid-19 e a “persistentes problemas nas cadeias de produção”. A inflação está mais elevada do que o esperado em muitos países, os mercados financeiros “permanecem voláteis” e as tensões geopolíticas “aumentaram bastante”, diagnostica.
Nesse contexto, Georgieva pede uma “forte cooperação internacional” e agilidade entre os países. Ela diz que ainda há muita incerteza na covid-19 e que a Ômicron é “um lembrete de que uma recuperação inclusiva e duradoura é impossível enquanto a pandemia continuar”. E defende que exista um esforço para se evitar os danos duradouros que a pandemia pode causar às economias.
Os países têm ainda de conseguir passar por um ciclo de aperto monetário, segundo ela. Caso as condições financeiras fiquem mais “apertadas”, os emergentes devem estar preparados para potencial reversão no fluxo de capital, adverte, sugerindo a extensão de vencimentos da dívida e lembrando que o câmbio flexível ajuda a absorver esses choques.
Um outro ponto levantado por Georgieva é que os países precisam mudar o foco e almejar a sustentabilidade fiscal. Os emergentes especialmente podem enfrentar “escolhas mais difíceis” nesse contexto, afirmou.