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Fusão com americana Zanite aproxima Eve da Bolsa de NY

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Estadão Conteúdos

Os acionistas da norte-americana Zanite – uma companhia de propósito específico de aquisição (Spac, na sigla em inglês) focada no setor de aviação – aprovaram na sexta-feira, 6, a combinação de negócios com a Eve, startup de “carros voadores” da Embraer. A fusão é considerada um passo decisivo para que a empresa resultante seja listada na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse).

Com a fusão, o nome da Zanite passa a ser Eve Holding. Segundo o Estadão/Broadcast, a Eve vai ser listada na Nyse com o símbolo “EVEX”.

A Embraer e a Eve farão um anúncio na próxima terça-feira, em Nova York. Embora o tema do evento não tenha sido anunciado, a agenda disparou no mercado a expectativa de que a empresa de carros voadores comunique a listagem nos EUA. O motivo é que o encontro vai reunir a direção das duas companhias: o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, e os dois CEOs da Eve: Andre Stein e Jerry DeMuro.

A assembleia extraordinária da Zanite ocorreu de forma virtual e teve duração de apenas 10 minutos, com a aprovação da combinação dos negócios e de outras pautas, como o aumento do número de ações Classe A da Zanite de 100 milhões para 1 bilhão.

Na fusão, a Eve foi avaliada em US$ 2,4 bilhões considerando o equity value, ou seja, o valor de suas ações no mercado, de US$ 2,9 bilhões. Esses valores são ambos maiores do que o da própria fabricante cinquentenária de aeronaves, avaliada atualmente em US$ 2,04 bilhões.

O NEGÓCIO

A empresa de carros voadores foi criada pela Embraer e desenvolveu o veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL). Recentemente, a estimativa de receita da Eve foi calculada em US$ 4,5 bilhões até 2030. Embora já exista uma carteira de pedidos de eVTOL superior a 1,8 mil unidades, as primeiras entregas estão previstas somente para 2025, quando deve ocorrer a certificação das aeronaves.

Durante o Eve Investors Day, em março, o diretor financeiro da Eve, Eduardo Couto, revelou que o “carro voador” deve chegar ao mercado com preço de US$ 3 milhões (R$ 15 milhões) e que os parceiros da companhia poderão vender passagens a US$ 100 (cerca de R$ 500).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.