Notícias

Notícias

Gleisi defende mudança na Lei das Estatais proposta pelo governo e Congresso

Por
Estadão Conteúdos

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse nesta quarta-feira, 22, que concorda em discutir mudanças na Lei das Estatais, como proposto pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. No plenário da Câmara, a deputada disse que a legislação “criminaliza” a política ao impedir que líderes partidários sejam indicados como diretores das empresas públicas.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, lideranças da oposição disseram ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), que pode haver acordo para mudar a Lei das Estatais. O movimento, defendido pela base do governo, faz parte da pressão do mundo político sobre a Petrobras após a estatal anunciar, na semana passada, novo aumento nos preços dos combustíveis.

“A única coisa que eu vi que eu acho que tem valor para a gente discutir aqui, que foi uma proposta até da base do governo, é a mudança na Lei das Estatais. Eu concordo com isso, porque nós fomos contra a mudança que eles fizeram na Lei das Estatais na época do (ex-presidente Michel) Temer, porque criminalizaram a política”, disse Gleisi.

A Lei das Estatais proíbe que sejam indicados para a diretoria ministros, secretários de Estado, dirigentes sindicais e de partidos políticos, além de indivíduos que tenham participado da estruturação de campanhas eleitorais nos três anos anteriores à indicação. “Não pode ser político, não pode ser líder de partido, como se ser político fosse crime”, afirmou Gleisi.

A presidente do PT, contudo, reforçou que o partido é contrário à abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a Petrobras, como articulado pelo PL, partido de Bolsonaro.

“A questão dos preços da Petrobras é uma vergonha. Como pode um presidente da República ficar brigando com uma empresa estatal? criminalizando a empresa estatal, como se ele não tivesse nada a ver com isso, como se a Petrobras não fosse majoritariamente do governo, que tem a maioria das ações”, disse.