O documento, remetido ao ministro do STF Luiz Fux, é assinado pelos governadores de Pernambuco, Maranhão, Paraíba, Piauí, Bahia, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Sul.
Segundo a ação, “trata-se de verdadeira ‘caridade com chapéu alheio’, uma liberalidade orçamentária a ser sofrida pelos Estados, DF e municípios, todos surpreendidos pela medida unilateral, autoritária, drástica e com graves efeitos imediatos para os combalidos cofres desses entes”.
Segundo os governadores, a escalada do preço dos combustíveis é resultado da política tarifária da Petrobras, agravada pela crise econômica mundial. “Tudo isso foi feito sem qualquer estudo de impacto fiscal e sem a demonstração de que esse novo instrumento será eficaz, dado que os preços dos combustíveis são atrelados à sorte dos mercados internacionais e resultado de uma política duvidosa da Petrobras”, afirmaram.
Pela decisão de Mendonça, da última sexta-feira, 17, os Estados terão de cobrar o ICMS do diesel, gasolina, etanol, gás e biodiesel com base na média de preços dos últimos cincos anos. A medida passa a valer no dia 1.º de julho e é uma tentativa do governo de frear a escalada do preço dos combustíveis.
Na avaliação dos governos estaduais, a medida vai representar um baque para as finanças dos Estados ainda pior do que o projeto de lei complementar 18, aprovado nesta semana pelo Congresso que fixa um teto entre 17% e 18% (a depender de cada Estado) para a alíquota do ICMS de combustíveis, energia elétrica e transporte público.
Revogação
Para atender à determinação de Mendonça, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) revogou nesta quarta, 21, o convênio que fixou alíquota única de R$ 1,006 por litro do diesel.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.