Em relação aos aumentos dos custos de produção de cana-de-açúcar para os próximos trimestres, Vicchiato comentou que é “muito difícil saber” se chegaram para ficar. “Eu nunca vi o preço do fertilizante cair no ano seguinte (de alta) a pouco mais de 5%. Pelo contrário, é algo que sempre costuma subir.”
Ele contou que a estratégia da companhia é depender menos dos fertilizantes, tornando-se mais assertiva no uso e na aplicação.
Do lado do diesel, o executivo observou que o preço do biocombustível deve começar a cair quando o petróleo começar a registrar quedas. “Mas, bem ou mal, o etanol acompanha.”
Ele lembrou que hoje o spread de diesel está elevado e subindo “muito mais” do que a gasolina, não apenas no Brasil, mas no mundo. “Afeta o setor de uma forma ou de outra, mesmo para a questão do açúcar.”
Para Vicchiato, usinas que estão muito distantes do Porto de Santos precisam arcar com o custo de frete elevado até o local. “Está ficando muito caro. Nesses casos é muito melhor produzir etanol. O frete pode chegar a R$ 200, R$ 250 por tonelada de açúcar.” Para ele, a tendência é de que os custos parem de subir no médio prazo. “Mas não sei se cairão tanto.”