“Toda hora tem uma bomba nova, mas sabemos como agir se a crise se aprofundar. Temos uma guerra dos grãos, dos fertilizantes e do petróleo. Mas estamos prontos para conter eventuais efeitos negativos para o Brasil”, disse Guedes.
A primeira medida tomada por Guedes para conter os efeitos econômicos da guerra foi zerar as alíquotas do PIS/Cofins para os combustíveis. Um projeto de lei com essa medida foi aprovado pelo Congresso. Guedes é pressionado pela ala política do governo a reduzir os impostos sobre a gasolina, mas ainda resiste.
IPI
O ministro da Economia voltou a afirmar que estuda ampliar a redução das alíquotas do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI). Segundo ele, a ideia é passar de 25% para 35% a queda do tributo. “Talvez consigamos 35% de redução do IPI, na pior das hipóteses 30%”, disse Guedes. O ministro da Economia não esclareceu se essa medida afetará a Zona Franca de Manaus.
Em 25 de fevereiro, ele afirmou que a redução de 25% de alíquotas do IPI beneficiária 300 mil empresas e confirmou a renúncia fiscal de R$ 10 bilhões para a União e R$ 10 bilhões para os governos regionais.
O ministro da Economia também garantiu que não haveria novas reduções de IPI neste e no próximo ano, justamente para não prejudicar a Zona Franca de Manaus. “Não fosse a Zona Franca, a redução de IPI seria maior, certamente de 50%. Com respeitamos a Amazônia, foi só 25%. Isso tem que ser feito com muito cuidado, com uma a transição lenta e com mecanismos compensatórios para garantir vantagem da Amazônia”, acrescentou.
Na semana passada, o governador do Amazonas, Wilson Lima (sem partido), afirmou que o governo federal vai reeditar o decreto que reduziu o IPI em 25% e excluirá produtos fabricados na Zona Franca de Manaus da medida. A declaração foi feita após reunião com o presidente Jair Bolsonaro e com Guedes no Palácio do Planalto. Esse decreto, entretanto, ainda não foi publicado.