“Há um vetor de desaceleração forte, com os juros subindo. Ao invés de crescer 3,5% neste ano, vamos crescer 2%”, disse o ministro.
Guedes ainda declarou que muitos economistas estavam pessimistas no fim de 2021 e no início deste ano, mas já começam a revisar as projeções para o crescimento. “Se tirar o viés pessimista do mercado, é possível jogar a estimativa de crescimento um pouco para cima. Quem previu recessão para este ano já vai ter que rever essa previsão”, comentou.
O ministro também afirmou que está confiante na aprovação de reformas e na privatização da Eletrobras. “Confiamos no ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Aroldo Cedraz para prosseguirmos com a agenda da Eletrobras”, declarou.
Reforma tributária
Guedes disse ainda que espera que a centro-direita ganhe mais espaço no Congresso, após as eleições de 2022. Segundo ele, a prioridade de um eventual 1º dia de governo de Jair Bolsonaro em 2023 é buscar a aprovação da reforma tributária. “Com Bolsonaro reeleito e o Congresso ainda mais reformista, espera-se que as reformas acelerem”, comentou.
ICMS do diesel
O ministro da Economia afirmou também que o governo reduzirá impostos ao longo do ano. Segundo ele, o aumento de 25% para 33% nas alíquotas do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) será feito porque os governadores não reduziram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o diesel. “Os governadores não reduziram o ICMS do diesel, como se comprometeram a reduzir. Zeramos o imposto do diesel do nosso lado e os governadores não fizeram do lado deles”, comentou.
Segundo Guedes, a redução do IPI possibilitará uma nova queda de 10% nas tarifas de importação.
De acordo com ele, 12 produtos devem ser contemplados. “Vamos abrir a economia respeitando nosso parque industrial. Se o outro governo for social democrata, ele que aumente os impostos. Para o próximo mandato, a prioridade é a reforma tributária no 1º dia de trabalho”, insistiu.