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IBGE reconhece déficit de recenseadores e busca mais 15 mil

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Estadão Conteúdos

As entrevistas do Censo Demográfico começaram em todo o País na manhã desta segunda-feira, dia 1º de agosto, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda tenta recrutar 15 mil funcionários temporários para chegar ao número ideal estimado de 183 mil recenseadores. O diretor de pesquisas do instituto, Cimar Azeredo, disse que é normal iniciar a pesquisa com algum déficit de equipe, mas admitiu que, dessa vez, a falta de entrevistadores supera a das últimas edições.

Azeredo atribuiu o fato à pandemia de covid-19 e aos dois adiamentos da pesquisa. Azeredo fez as afirmações a jornalistas hoje na saída da cerimônia de abertura do Censo, no Museu do Amanhã, no Centro do Rio. “Como acontece com todos os Censos, a gente nunca começa com a quantidade de recenseadores previstos. Isso é inerente ao Censo”, disse o diretor do IBGE.

Mas, questionado pela magnitude do déficit do Censo desse ano, Azeredo acedeu: “sim, mas a gente vem de dois adiamentos, de uma pandemia e de uma possibilidade de modalidade mista de coleta”, justificou, citando fatores que contribuíram para a postergar o Censo ao lado da questão orçamentária.

Em seguida, ele disse que inovações tecnológicas, como o envio das informações para o sistema do IBGE diretamente dos domicílios visitados, vão facilitar a operação, minimizando falhas como o recrutamento de menos recenseadores do que o previsto.

Sobre o risco de tempo maior na coleta, Azeredo afirmou que o IBGE fará “o possível para isso não acontecer”. “Estamos em um trabalho de reposição, de treinamento”, completou. Ele disse, ainda, esperar que o Censo deste ano seja o mais preciso da história da pesquisa decenal, com índice de não captação na casa dos 8%, considerando recusas às entrevistas, domicílios fechados e demais obstáculos.