Azeredo atribuiu o fato à pandemia de covid-19 e aos dois adiamentos da pesquisa. Azeredo fez as afirmações a jornalistas hoje na saída da cerimônia de abertura do Censo, no Museu do Amanhã, no Centro do Rio. “Como acontece com todos os Censos, a gente nunca começa com a quantidade de recenseadores previstos. Isso é inerente ao Censo”, disse o diretor do IBGE.
Mas, questionado pela magnitude do déficit do Censo desse ano, Azeredo acedeu: “sim, mas a gente vem de dois adiamentos, de uma pandemia e de uma possibilidade de modalidade mista de coleta”, justificou, citando fatores que contribuíram para a postergar o Censo ao lado da questão orçamentária.
Em seguida, ele disse que inovações tecnológicas, como o envio das informações para o sistema do IBGE diretamente dos domicílios visitados, vão facilitar a operação, minimizando falhas como o recrutamento de menos recenseadores do que o previsto.
Sobre o risco de tempo maior na coleta, Azeredo afirmou que o IBGE fará “o possível para isso não acontecer”. “Estamos em um trabalho de reposição, de treinamento”, completou. Ele disse, ainda, esperar que o Censo deste ano seja o mais preciso da história da pesquisa decenal, com índice de não captação na casa dos 8%, considerando recusas às entrevistas, domicílios fechados e demais obstáculos.