Depois de ter subido ate 0,86%, voltando a ultrapassar o patamar dos 109 mil pontos, o Índice Bovespa perdeu fôlego e passou a cair neste final de manhã desta terça-feira, 9. O enfraquecimento coincide com o fortalecimento do dólar, mas também mostra maior ímpeto de realização de lucros em ações que lideraram as altas nos últimos cindo pregões de alta.
A agenda da manhã foi movimentada, tendo como destaques a divulgação da ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reforçou que os diretores do Banco Central vão avaliar a necessidade de um ajuste residual e de menor proporção nos juros básicos da economia. Essa percepção de final do ciclo de alta já vinha ajudando a sustentar o Ibovespa em alta nos últimos pregões, com destaque para as ações de empresas de segmentos sensíveis a taxas de juros, como os de consumo e imobiliário. Outro destaque do dia foi o IPCA de julho, que apontou deflação de 0,68%.
Segundo Rodrigo Jolig, sócio da Alphatree Capital, a ata do Copom e a deflação do IPCA confirmaram a percepção de fim do ciclo de aumento de juros. No entanto, o mercado já havia antecipado boa parte desse cenário mais benigno. “A percepção de fim do ciclo de alta de juros deu fôlego a ações de setores que estavam muito achatados, mas não sei se há forças para o Ibovespa buscar os 130 mil pontos. Talvez somente quando os juros começarem a cair”, afirma.
Em Nova York, os índices acionários operam em queda, o que também favorece a correção por aqui. Às 11h33 desta terça, o Ibovespa tinha 108.171,68 pontos, em baixa de 0,21%.