“Em outubro, o IAEmp voltou a cair devolvendo todos os pontos recuperados nos últimos meses. Além da queda significativa, o resultado também foi bastante disseminado entre os subíndices sugerindo uma reversão da tendência. A desaceleração da economia parece já entrar no radar e influenciar as expectativas sobre o mercado de trabalho nos próximos meses. Não é possível descartar novas quedas nos próximos resultados dado que o cenário macroeconômico ainda é desafiador e a recuperação econômica tende a perder força na virada para 2023”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
Em outubro, seis dos sete componentes do IAEmp contribuíram negativamente para o resultado. Os destaques foram os itens que medem a Tendência dos Negócios da Indústria, com -1,7 ponto, o Emprego Previsto da Indústria, -0,9 ponto, a Situação Atual dos Negócios da Indústria, – 0,7 ponto, e a Situação Atual dos Negócios de Serviços, -0,6 ponto.
O indicador de Emprego Previsto de Serviços foi o único componente do IAEmp com contribuição positiva em outubro, 0,3 ponto.