“A terceira queda consecutiva do IIE-Br foi impulsionada por seus dois componentes, de Mídia e de Expectativa, que desde julho deste ano não registravam queda simultânea”, disse a FGV em nota.
Segundo a instituição, o resultado reflete a continuidade da melhora dos indicadores da covid-19 no Brasil, já considerando a disseminação até o momento moderada da variante Ômicron no País, e da menor dispersão, se comparado ao mês anterior, das previsões de especialistas para os cenários de variáveis macroeconômicas em 2022.
“O IIE-Br termina 2021 acima dos 120 pontos, nível ainda insatisfatório para o indicador. Os próximos resultados de curto prazo dependerão da evolução, principalmente, da nova variante do coronavírus no Brasil”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre.
Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam no mesmo sentido em dezembro. O componente de Mídia, baseado na frequência de notícias com menção à incerteza nas mídias impressa e online, e construído a partir das padronizações individuais de cada jornal, caiu 5,0 pontos, para 117,6 pontos, menor nível desde maio de 2021 (117,0 pontos) e contribui de forma negativa em 4,4 pontos para o índice agregado.
Já o componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, caiu 12,2 pontos, para 131,8 pontos, interrompendo a sequência de altas iniciada em agosto deste ano. Este componente contribui negativamente em 2,6 pontos para a evolução na margem do IIE-Br, informou a FGV.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia é realizada do dia 26 do mês anterior ao de referência e ao dia 25 do mês de referência.