De acordo com a FGV, o resultado continua sendo influenciado pela pressão inflacionária no Brasil e no mundo e pela política de aperto monetário global. “No Brasil, adicionalmente, houve piora do cenário fiscal para 2023, e do cenário político, com a proximidade das eleições presidenciais. Diante deste cenário, é possível que o indicador continue a oscilar em níveis ainda elevados nos próximos meses”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia subiu 3,0 pontos em julho, para 117,7 pontos, contribuindo com 2,6 pontos para o IIE-Br do mês. Já o componente de Expectativas recuou 11,1 pontos, para 124,7 pontos, com uma contribuição negativa de 2,4 pontos.
“Apesar do forte recuo do componente de Expectativa, este indicador se mantém em patamar elevado, refletindo as heterogeneidades das previsões dos especialistas para variáveis chaves na economia. O recuo de julho devolve apenas 31% da alta de 36,2 pontos entre fevereiro e junho”, acrescenta Gouveia.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.