Em relatório, o instituto de pesquisa Anbound não deu detalhes sobre possíveis mudanças, mas disse que o governo do presidente Xi Jinping precisa concentrar esforços para reverter a desaceleração econômica. Também destaca que EUA, Europa e Japão estão se recuperando economicamente, após aliviarem medidas de combate à doença.
“Prevenir o risco de uma estagnação econômica deveria ser a tarefa prioritária”, defendeu o instituto.
Mesmo pequenas demonstrações públicas de discordância com a política oficial são praticamente desconhecidas em um ano politicamente sensível em que Xi, líder chinês mais poderoso desde pelo menos a década de 1980, deverá tentar estender sua permanência no cargo.
O relatório, com data de domingo, 28, foi divulgado nas contas do instituto na plataforma de mensagens WeChat e no serviço de microblog Sina Weibo, mas foi apagado de ambos nesta segunda-feira.
A expectativa é que as restrições anticovid sigam em vigor até pelo menos após a reunião do Partido Comunista, em outubro e novembro, durante a qual Xi provavelmente romperá a tradição e dará a si mesmo um terceiro mandato de cinco anos na presidência.
Economistas alertam que a China precisa impulsionar o crescimento econômico, que desacelerou para 2,5% no primeiro semestre de 2022, representando menos da metade da meta oficial de 5,5% estipulada para este ano, após Xangai e outros centros industriais paralisarem suas operações, a partir de março, como forma de evitar surtos da doença.