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Investimento da Shell em P&D no Brasil deve atingir US$ 120 mi em 2022

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Estadão Conteúdos

A alta do preço do petróleo no mercado internacional deve elevar para US$ 120 milhões os investimentos da Shell em pesquisa e desenvolvimento no Brasil em 2022, contra o patamar de US$ 80 milhões investidos atualmente, informou o vice-presidente de Relações Corporativas da Shell, Flávio Rodrigues, durante evento ‘Diálogos da Rio Oil & Gas 2022’.

O recurso é uma obrigação das empresas que atuam no País, que precisam aplicar 1% da receita bruta da produção em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I).

“Com o (atual) preço do barril podemos chegar a US$ 120 milhões em compromisso neste ano”, revelou Rodrigues durante a primeira edição dos ‘Diálogos da Rio Oil & Gas 2022’, promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) em parceria com a agência epbr.

Rodrigues ressaltou que o Brasil tem um grande potencial para o mercado de carbono e que a Shell vê oportunidades que podem ajudar países que têm oferta de carbono a negociar com outros que precisem cumprir suas metas.

“O Brasil tem potencial enorme nesse mercado. Há várias discussões em andamento no País, inclusive um Projeto de Lei no Congresso. O Brasil estará muito bem posicionado se souber amarrar bem esse arcabouço regulatório”, disse o executivo da Shell.

Presente no evento, a diretora-executiva corporativa do IBP, Fernanda Delgado, ressaltou que cada país tem a sua estratégia para realizar a transição energética, e alertou para a necessidade de direcionar recursos para o desenvolvimento tecnológico no Brasil, com objetivo de descarbonizar o setor.

“A própria Agência Internacional de Energia (AIE) lançou um relatório revelando que 40% das tecnologias que precisamos para descarbonizar o mundo até 2050 ou não são conhecidas ou não são comercialmente viáveis”, ressaltou Delgado.

Delgado ressaltou ainda, a posição privilegiada do Brasil de ser benchmark no segmento de biocombustíveis.

“O fato da nossa matriz ser muito renovável, termos expertise em biocombustíveis, no uso da biomassa, tudo isso dá ao Brasil um posicionamento de destaque ainda maior”, afirmou a diretora do IBP.