Segundo os industriais, a medida tem impacto positivo não apenas pela redução do imposto em si, mas também por aliviar o custo de financiamento de capital de giro das empresas. A tendência, observaram, é de esses ganhos serem repassados ao consumidor, sobretudo nos mercados de maior concorrência.
Coordenador da Coalizão Indústria, além de presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo De Mello Lopes classificou a redução do imposto como uma medida justa, corajosa e necessária num momento em que a inflação global é pressionada pelo choque de oferta decorrente da crise no leste europeu.
Ele adiantou, no entanto, que a indústria seguirá cobrando um corte maior, de 50%, do IPI. “Nossa expectativa era de 50%. Faz parte de nossa reivindicação avançar com uma redução maior”, disse o executivo.
Segundo as lideranças industriais, a capacidade das fábricas de repassar a disparada das matérias-primas – em especial petróleo, gás, coque, carvão mineral e energia elétrica – vai variar em cada mercado.
De qualquer forma, José Roriz, presidente da Abiplast, a associação que representa a indústria do plástico, avaliou que o corte no IPI ajudará a mitigar essa alta. “Vem em boa hora, é uma medida extremamente oportuna”, comentou.