Notícias

Notícias

Isa Cteep: lucro líquido no 3º trimestre sobe 105,7% para R$ 386,7 mi

Por
Estadão Conteúdos

A transmissora Isa Cteep obteve lucro líquido ajustado pela participação do acionista controlador de R$ 386,7 milhões no terceiro trimestre de 2022, pelo critério regulatório. O montante corresponde a uma alta de 105,7% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até setembro, o lucro regulatório da empresa somou R$ 573,3 milhões, queda de 23,0%.

No padrão IFRS, a transmissora registrou lucro líquido de R$ 476,9 milhões no terceiro trimestre, queda de 34% na base anual de comparação. Em nove meses, o resultado diminuiu 20,2%, chegando a R$ 1,719 bilhão.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) foi de R$ 743 milhões, o que representa uma variação positiva 31,5% em base anual de comparação. De janeiro a setembro, o Ebitda da Isa Cteep foi de R$ 1,830 bilhões, redução de 3,4% em comparação com o mesmo período de 2021.

O desempenho é explicado pela atualização da Receita Anual Permitida (RAP) pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pela recomposição parcial da Rede Básica do Serviço Existente (RBSE), após o reperfilamento do componente financeiro, e pela entrada em operação de projetos de reforços e melhorias e de novos empreendimento (greenfield), com destaque para Interligação Elétrica Paraguaçu e a Interligação Elétrica Biguaçu, que energizaram neste trimestre.

Além do resultado operacional, o financeiro também exerceu um impacto importante no lucro, com crescimento da receita de aplicações financeiras e significativa redução das despesas devido a deflação do período. “Neste trimestre, o resultado financeiro ajudou, com deflação do IPCA e acréscimo da Selic na aplicações financeiras, que tiveram rendimento favorável”, disse a diretora de Finanças da Isa Cteep, Carisa Cristal.

No terceiro trimestre do ano, a companhia anotou uma despesa financeira líquida de R$ 125,4 milhões, 21,5% menor que a registrada em igual etapa de 2021. No acumulado em nove meses, a linha chega a R$ 658,5 milhões, 58,9% mais elevada que o verificado de janeiro a setembro do ano passado.

Já o resultado da equivalência patrimonial passou de R$ 1,9 milhão para R$ 54,8 milhões na comparação entre trimestres, impulsionada pelo reajuste de RAP e redução de despesas financeiras. No acumulado do ano, a linha aumentou 369,8%%, para R$ 67,1 milhões.

A receita líquida da companhia entre julho e setembro foi de R$ 919,3 milhões, o que corresponde a um aumento de 21,2% em relação ao mesmo período de 2021. Considerando os nove primeiros meses do ano, a receita somou R$ 2,367 bilhões, queda de 1,5%.

Ao final de setembro, a dívida líquida da companhia ficou em R$ 7,265 bilhões, aumento de 31,5% em base anual de comparação. O índice de alavancagem gerencial corresponde a 3,11 vezes Dívida Líquida/Ebitda.

Já os investimentos realizados no trimestre somaram R$ 470,9 milhões, 17,9% maiores em relação a igual etapa de 2021. Com isso, no ano somaram R$ 1,443 bilhão, crescimento de 39,5%.